O Síndico tem a tarefa de conhecer bem para onde vai o dinheiro arrecadado mensalmente, e esse é o primeiro passo para uma boa administração do condomínio. Porém, para uma boa administração, o Síndico conta com a participação efetiva dos condôminos.
Abaixo, listamos algumas dicas para otimização de custos no condomínio.
A FOLHA DE PAGAMENTO (despesas como salários, férias, horas extras, FGTS, PIS, INSS, cesta-básica, vale-transporte, dissídio anual,… ou custo da Terceirizadora) é a responsável por aproximadamente 65% das despesas do condomínio. Para diminuir o valor mensal gasto, pode-se:
– elaborar uma escala racional de serviço, com poucas horas extras;
– evitar que funcionários acumulem funções;
– repense o papel do zelador: o funcionário pode ter um papel-chave de liderança com os outros empregados, cobrando-os sobre horários, faltas, elaborando orçamentos, fazendo compras de materiais, etc. Se ele apenas executa pequenos serviços, pode-se cogitar, em seu lugar, um ajudante-geral.
A MANUTENÇÃO tem um gasto de aproximadamente 8% da arrecadação do condomínio. Para que esse percentual não se torne mais oneroso, é preciso ficar atento:
– elevadores: avalie qual o contrato mais adequado para o seu condomínio. Contratos de Manutenção que incluem troca de peças são mais adequados para equipamentos antigos. Já os novos, o ideal pode ser um Contrato de Conservação, sem reposição de peças;
– interfones antigos tendem a demandar muita manutenção e troca de peças. Um modelo atual pode consumir menos peças e ser mais efetivo;
– não espere que os equipamentos quebrem. Se o portão está com um barulho diferente do usual, já chame a manutenção. Isso ajuda a acelerar o reparo e a evitar um dano maior.
A ENERGIA ELÉTRICA (iluminação das áreas comuns, elevador, portão, bombas, equipamentos de segurança, aparelhos em áreas comuns, aquecimento da piscina) é responsável por mais ou menos 4% da arrecadação mensal do condomínio. Essa despesa é, talvez, a que mais possa sofrer redução, com pequenas atitudes, tais como:
– uso de sensores de presença;
– uso de lâmpadas econômicas (tipo LED);
– Desligamento de alguns postes e luminárias, como em quadras após as 22h, e garagens;
– Garagem não precisa ficar com todas as luzes acesas durante a noite. Se possível, use sensor de presença nas luminárias sobre as vagas;
– Nas áreas comuns onde não há muita circulação, durante a noite, usar um poste ligado e outro desligado;
– Investir em campanhas educativas para os moradores e funcionários.
O CONSUMO DE ÁGUA das unidades, piscina e área comum tem um custo de aproximadamente 12% da arrecadação geral. Para esse consumo não se elevar demasiadamente, deve-se:
– fazer uma inspeção semestral contra vazamentos nas áreas comuns e também nas unidades, o que pode trazer uma economia de até 30%;
– fazer uma campanha educativa com moradores e funcionários para uso consciente da água;
– individualizar os hidrômetros de cada unidade costuma ser uma opção que ajuda a diminuir a conta no total. Verifique se é viável em seu condomínio;
– funcionários não devem se utilizar da água do condomínio para, por exemplo, lavar carro de morador, mesmo que fora do seu horário de trabalho;
– não se deve usar o jato de água como vassoura para varrer folhas.
Com pequenas atitudes, por parte do Síndico e com a colaboração dos condôminos e dos funcionários, a redução dos gastos do condomínio pode ser bastante significativa, podendo, inclusive, ser possível a redução do valor da cota condominial de cada morador.